domingo, 19 de maio de 2013

Existencialismo

Mudando um pouco dos assuntos "simples" que eu tratei anteriormente, agora escreverei sobre o Existencialismo.
Antes de começar vou avisar que é um tema muito complexo e tentarei fazer uma síntese, pois se fosse falar ele por completo o texto ficaria muito grande e cansativo.

Søren Kierkegaard

Primeiramente, o existencialismo, como o próprio nome diz, trata-se da existência. Surgiu entre os séculos XIX e XX, e cada filósofo interpretou a sua maneira, onde muitos se contradiziam quando comparados. Muitos filósofos influenciaram o existencialismo, mas o principal foi Søren Kierkegaard, considerado o "pai do existencialismo". Ele por ser cristão, utilizava a visão dessa religião em seu pensamento, o existencialismo cristão.
Kierkegaard afirmava que o cabe ao indivíduo dar significado a sua vida para vivê-la da melhor forma possível, mesmo com obstáculos como o desespero, o absurdo, a ansiedade, a alienação e o tédio.
Alguns outros filósofos que influenciaram a existencialismo: Arthur Schopenhauer,  Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger, Edmund Husserl. No caso de Schopenhauer e Nietzsche, ambos não eram realmente existencialistas, mas suas ideias influenciaram a formação dessa escola filosófica.

Mesmo tendo existencialistas cristãos (como Kierkegaard), a maioria deles são ateus. Os existencialistas cristãos tem grande relação com a fé em seus pensamentos, afirmando que a melhor maneira de tomar decisões é pela fé. Já para os existencialistas ateus, tanto faz o que nós fizermos, o fim será o mesmo, a morte. Assim, temos de aceitar que a vida é absurda em si mesma, e que nunca será recompensado por nada nem ninguém, vivemos uma vida de sofrimento. Então, não importa se nos matarmos para acabar com tudo de ruim, ou se vivemos.

Em 1946, no "Club Maintenant" em Paris, Jean Paul Sartre (outro filósofo existencialista) pronuncia uma conferência, que se tornou um opúsculo com o nome de "O Existencialismo é um Humanismo". Nele, ele explica a frase "A existência precede e governa a essência", desta forma:
"... se Deus não existe, há pelo menos um ser, no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significa então que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si próprio se fizer."
Isso já explica muito das ideias existencialistas.

Agora quanto à liberdade, para eles é algo difícil, pois consiste em nós tomarmos as decisões que apenas nós podemos tomar. E independente do que fizermos (ou não), já será feita uma escolha, fazendo nada ou algo. Assim o indivíduo, nós, é obrigado a tomar decisões, e elas quase sempre são ruins. A liberdade e a escolha pessoal tornam-se fontes de problemas. Para solucionar isso, o homem cria regras para um "projeto funcional", pois é mais fácil obedecer (não requer muito esforço). Se a ordem é ilógica, não é quem obedece que deve questionar. Deste modo, as guerras podem ser explicadas, genocídios em massa podem ser entendidos; as pessoas estavam apenas fazendo o que lhe foi dito.

Aqui eu tentei fazer um resumo geral do Existencialismo, não me aprofundei muito porque é um tema muito complicado, mas com esse texto é possível ter uma base do tema para depois buscar mais sobre o assunto.

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