sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ceticismo Filosófico

Ultimamente ando muito ocupado, então peguei esse texto que explica muito bem:


Ceticismo Filosófico
Por Roni Pereira

O Ceticismo filosófico é uma postura filosófica em que pessoas escolhem examinar de forma crítica se o conhecimento e a percepção que possuem são realmente verdadeiros, e se alguém pode ou não dizer se possui o conhecimento absolutamente verdadeiro. Surgiu a partir da filosofia grega. Uma de suas primeiras propostas foi feita por Pirro de Élis, o primeiro filósofo cético, que viajou até a Índia numa das campanhas de Alexandre, o Grande para aprofundar seus estudos, e propôs a adoção do ceticismo “prático”.

Subseqüentemente, na “Nova Academia”, Arcesilau (315-241 a.C.) e Carnéades (213-129 a.C.) desenvolveram mais perspectivas teóricas, que refutavam concepções absolutas de verdade e mentira. Carneades criticou as visões dos dogmatistas, especialmente os defensores do estoicismo, alegando que a certeza absoluta do conhecimento é impossível. Sexto Empírico (200 d.C.), a maior autoridade do ceticismo grego, desenvolveu ainda mais a corrente, incorporando aspectos do empirismo em sua base para afirmar o conhecimento.

Ou seja, o ceticismo filosófico é procurar saber, não se contentando com a ignorância fornecida atualmente pelos meios públicos, por meio da dúvida. Opõem-se ao dogmatismo, em que é possível conhecer a verdade.

Pirronismo

No ceticismo filosófico, pirronismo é uma posição que se abstém de fazer reivindicações da verdade. Um cético filosófico não afirma que a verdade é impossível (o que seria uma reivindicação verdadeira), em vez disso, recomenda a “suspensão da crença” O rótulo é comumente usado para descrever outras filosofias que aparecem semelhantes ao ceticismo filosófico, como o ceticismo acadêmico, uma variante antiga do platonismo que alegou que o conhecimento da verdade era impossível. Empirismo é intimamente relacionado, mas não uma posição idêntica ao ceticismo filosófico. Empiristas ver o empirismo como um compromisso pragmático entre o ceticismo filosófico e ciência nomotética; o ceticismo filosófico é, por sua vez, por vezes referido como o “empirismo radical”.

Características

Muitos céticos examinam criticamente os sistemas de significado de seu tempo, e este exame muitas vezes resulta em uma posição de ambiguidade ou dúvida. Este ceticismo pode variar de descrença em soluções contemporâneas filosóficas, agnosticismo, para rejeitar a realidade do mundo externo. Um tipo de ceticismo científico refere-se à análise crítica das reivindicações que faltam evidências empíricas. Estamos todos céticos de algumas coisas, especialmente desde que a dúvida e a oposição nem sempre são claramente distinguidas. Ceticismo filosófico, no entanto, é um velho movimento com muitas variações, e contrasta com a visão de que, pelo menos, uma coisa é certa, mas se por estar certo de que significa certeza absoluta ou incondicional, então é duvidoso que é racional afirmar ser certo sobre qualquer coisa. De fato, para os filósofos helenísticos alegando que pelo menos uma coisa é certa faz um dogmático.

Ceticismo filosófico distingue-se do ceticismo metodológico porque o ceticismo filosófico é uma abordagem que nega a possibilidade de certeza no conhecimento, enquanto que o ceticismo é uma abordagem metodológica que submete todos os conhecimentos afirma escrutínio, com o objetivo de separar verdade de falsas alegações. A atitude cética filosófica leva à paz de espírito, pois, se não acreditam em nada, não entram em conflito com ninguém e não ser forçado a defender seus pontos de vista, como não havia verdades objetivas.

O cético

Pirro professava uma doutrina que acreditava que não havia nada de verdadeiro ou falso, bom ou mau, herege ou sagrado. Pirro foi contra o pensamento dogmático. Pirro não deixou nada escrito, mas ele atribuiu frases como:

Você nunca vai saber a verdade.
Não diga “sim”, mas “eu acho que é”.
A diversidade de opiniões existe entre os estudiosos como entre ignorantes. Qualquer opinião que eu tenho pode ser repudiada por pessoas dispostas e preparadas, assim como eu, e os argumentos como válidos quanto o meu.
Escolas de ceticismo filosófico

Ceticismo filosófico começa com a afirmação de que o cético atualmente não tem conhecimento. Alguns adeptos afirmam que o conhecimento é, em teoria, possível. Pode-se argumentar que Sócrates tinham essa opinião. Ele parece ter pensado que, se as pessoas continuam a fazer perguntas que possam eventualmente vir a ter conhecimento, mas que não tem ainda. Alguns céticos foram mais longe e afirmaram que o verdadeiro conhecimento é impossível, por exemplo, a escola Acadêmica na Grécia Antiga, bem depois do tempo de Carnéades. Uma terceira abordagem cética seria nem a aceitar nem rejeitar a possibilidade de conhecimento.

O ceticismo pode ser tanto sobre tudo ou sobre áreas específicas. Um cético “global” argumenta que ele não sabe absolutamente nada ser verdadeiro ou falso. O Ceticismo mundial acadêmico tem grande dificuldade em apoiar essa reivindicação mantendo o rigor filosófico, uma vez que parece exigir que nada pode ser conhecido – exceto para o conhecimento de que nada pode ser conhecido, embora em sua forma probabilística ele pode usar e apoiar a noção de peso de provas. Assim, alguns probabilistas evitam ao extremo o ceticismo, ao afirmar que eles simplesmente são “razoavelmente certo” (ou “em grande parte acreditar”) algumas coisas são reais ou verdadeiros. Quanto a usar argumentos probabilísticos para defender o ceticismo, em certo sentido esta aumenta ou aumenta o ceticismo, enquanto a defesa do empirismo por Empiricus enfraquece e fortalece o ceticismo dogmatismo, alegando que as aparências sensoriais são sem sombra de dúvidas. Muito mais tarde, Kant redefiniu o “dogmatismo” ao fazer realismo indireto sobre o mundo externo questionável. Enquanto muitos helenistas, fora Empiricus, sustentam que todos que não é cético, sobre tudo é um dogmático, esta posição parece muito extrema para a maioria dos filósofos posteriores.

Céticos negam que as pessoas fazem ou podem ter conhecimento de uma área particular. Eles podem ser céticos sobre a possibilidade de uma forma de conhecimento sem duvidar de outras formas. Diferente tipo de ceticismo local pode surgir, dependendo da área. Uma pessoa pode duvidar do valor de verdade de diferentes tipos de jornalismo, por exemplo, dependendo dos tipos de mídia de sua confiança.

Epistemologia e ceticismo

Ceticismo, como um argumento epistemológico, coloca a questão de se saber, em primeiro lugar, se é possível saber a verdade. Os céticos argumentam que a crença em algo não justifica necessariamente uma afirmação de conhecimento. Neste, os céticos se opõem fundacionismo dogmático, que diz que tem de haver algumas posições básicas que são auto-justificadas ou para além da justificação, sem referência aos outros. (Um exemplo de tal funcionalismo pode ser encontrada em Ética de Espinoza) A resposta a esta cético pode tomar várias abordagens. Primeiro, alegando que “as posições básicas” devem existir equivalente à falácia lógica do “argumento da ignorância” combinada com a “ladeira escorregadia”. Entre outros argumentos, os céticos usam o Trilema de Agripa, para reivindicar que nenhuma crença certa poderia ser alcançada.Os fundacionalistas usaram o mesmo trilema como justificativa para exigir a validade das crenças básicas.

Esta abordagem cética raramente é levada ao seu extremo pirrônico pela maioria dos profissionais. Diversas modificações têm surgido ao longo dos anos, incluindo o seguinte:

Ficcionalismo não afirmam ter conhecimento, mas vai aderir a conclusões sobre algum critério, como utilidade, estética, ou outros critérios pessoais sem alegando que qualquer conclusão é, na verdade, “verdade”.

Fideísmo filosófico (em oposição ao religioso fideísmo ) seria afirmar a verdade de algumas proposições, mas faz isso sem afirmar a certeza.

Algumas formas de pragmatismo aceitaria utilidade como um guia provisório para a verdade, mas não necessariamente uma decisão universal.

Ceticismo Critico: A maioria das filosofias têm fraquezas e pode ser criticada e este é um princípio geral de progressão na filosofia. A filosofia do ceticismo afirma que nenhuma verdade é cognoscível ou apenas provável. Alguns dizem que o método científico também afirma descobertas prováveis, pois o número de casos testados é sempre limitado e constituem observações perceptivas. A alegação de que a proposição “a verdade não é cognoscível” cognoscível é refutar a si mesmo; pois é contraditório.

Pierre Le Morvan (2011) distinguiu entre três grandes abordagens filosóficas ao ceticismo. O primeiro ele chama de “Abordagem Folha”. De acordo com o último, o ceticismo é tratado como um problema a ser resolvido, ou desafio a enfrentar, ou a ameaça de ser defendido, valor ceticismo sobre esse ponto de vista, na medida em que se considera que tem um, provém de seu papel como uma folha contrastivamente iluminando o que é necessário para o conhecimento e crença justificada. A segunda ele chama de “Abordagem ignorada” de acordo com que o ceticismo é ignorado como uma preocupação central da epistemologia. Le Morvan defende uma abordagem que ele apelida de terceira de “Abordagem de Saúde” – que explora ao ceticismo é saudável e quando não é, ou quando ele é virtuoso e quando é vicioso.

Hipóteses céticas

Uma hipótese cética é uma situação hipotética, que pode ser usado em um argumento para o ceticismo sobre uma reivindicação específica ou classe de reivindicações. Normalmente a hipótese postula a existência de um poder enganador que engana os nossos sentidos e mina a justificação do conhecimento disposição em contrário, como justificado. Hipóteses céticas têm recebido muita atenção na filosofia ocidental moderna.

A primeira hipótese cética moderna filosofia ocidental aparece em “Meditações” de René Descartes sobre a Filosofia Primaria. No final da primeiro capitulo, Descartes escreve: “Eu acho que algum demônio de poder máximo e astúcia empregou todas as suas energias para me enganar.”

- O “cérebro numa cuba”: essa hipótese é colocado em termos científicos. Ele supõe que um cérebro sem corpo pode ser mantido vivo em um tanque, e alimentado com falsos sinais sensoriais, por um cientista louco .
- O “argumento do sonho” de Descartes e Zhuangzi supõe a realidade a ser indistinguível de um sonho.
- O demônio de Descartes é um ser “tão inteligente e enganoso como poderoso, que dirigiu seu esforço todo para enganar-me”.
- A hipótese de cinco minutos sugere que o mundo foi criado recentemente junto com registros e vestígios que indicam uma maior idade.
- A hipótese de realidade simulada ou hipótese Matrix sugerem que podemos estar dentro de uma simulação de computador ou de realidade virtual.


Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=434018486691733&set=a.354985194595063.83208.326941814066068&type=1&ref=nf

domingo, 19 de maio de 2013

Existencialismo

Mudando um pouco dos assuntos "simples" que eu tratei anteriormente, agora escreverei sobre o Existencialismo.
Antes de começar vou avisar que é um tema muito complexo e tentarei fazer uma síntese, pois se fosse falar ele por completo o texto ficaria muito grande e cansativo.

Søren Kierkegaard

Primeiramente, o existencialismo, como o próprio nome diz, trata-se da existência. Surgiu entre os séculos XIX e XX, e cada filósofo interpretou a sua maneira, onde muitos se contradiziam quando comparados. Muitos filósofos influenciaram o existencialismo, mas o principal foi Søren Kierkegaard, considerado o "pai do existencialismo". Ele por ser cristão, utilizava a visão dessa religião em seu pensamento, o existencialismo cristão.
Kierkegaard afirmava que o cabe ao indivíduo dar significado a sua vida para vivê-la da melhor forma possível, mesmo com obstáculos como o desespero, o absurdo, a ansiedade, a alienação e o tédio.
Alguns outros filósofos que influenciaram a existencialismo: Arthur Schopenhauer,  Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger, Edmund Husserl. No caso de Schopenhauer e Nietzsche, ambos não eram realmente existencialistas, mas suas ideias influenciaram a formação dessa escola filosófica.

Mesmo tendo existencialistas cristãos (como Kierkegaard), a maioria deles são ateus. Os existencialistas cristãos tem grande relação com a fé em seus pensamentos, afirmando que a melhor maneira de tomar decisões é pela fé. Já para os existencialistas ateus, tanto faz o que nós fizermos, o fim será o mesmo, a morte. Assim, temos de aceitar que a vida é absurda em si mesma, e que nunca será recompensado por nada nem ninguém, vivemos uma vida de sofrimento. Então, não importa se nos matarmos para acabar com tudo de ruim, ou se vivemos.

Em 1946, no "Club Maintenant" em Paris, Jean Paul Sartre (outro filósofo existencialista) pronuncia uma conferência, que se tornou um opúsculo com o nome de "O Existencialismo é um Humanismo". Nele, ele explica a frase "A existência precede e governa a essência", desta forma:
"... se Deus não existe, há pelo menos um ser, no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significa então que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si próprio se fizer."
Isso já explica muito das ideias existencialistas.

Agora quanto à liberdade, para eles é algo difícil, pois consiste em nós tomarmos as decisões que apenas nós podemos tomar. E independente do que fizermos (ou não), já será feita uma escolha, fazendo nada ou algo. Assim o indivíduo, nós, é obrigado a tomar decisões, e elas quase sempre são ruins. A liberdade e a escolha pessoal tornam-se fontes de problemas. Para solucionar isso, o homem cria regras para um "projeto funcional", pois é mais fácil obedecer (não requer muito esforço). Se a ordem é ilógica, não é quem obedece que deve questionar. Deste modo, as guerras podem ser explicadas, genocídios em massa podem ser entendidos; as pessoas estavam apenas fazendo o que lhe foi dito.

Aqui eu tentei fazer um resumo geral do Existencialismo, não me aprofundei muito porque é um tema muito complicado, mas com esse texto é possível ter uma base do tema para depois buscar mais sobre o assunto.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Falácia



Falácia significa "Argumento capcioso que induz a erro" (http://www.dicio.com.br/falacia/), ou seja, é um argumento sem fundamento, inconsistente logicamente, que é usado para provar algo. Normalmente, são argumentos que convencem muitos, mas continuam sendo falsos.
Um exemplo que eu já vi (não me recordo a fonte) é assim, adaptado para silogismo:

O pombo tem bico.
O pombo é uma ave.
Então todo o animal com bico é uma ave.

Inicialmente, muitos podem achar correta essa afirmação (a maioria dos animais que vemos com bico são aves), mas se acharmos um animal com bico que não seja uma ave, a afirmação será falsa. Se procurarmos, há pelo menos um animal que conhecemos que tem bico e não é ave, o ornitorrinco. Então concluímos que essa afirmação parece correta no começo, mas após investigação, percebemos que ela contém um erro (nem todo o animal com bico é ave).

Outro exemplo é o uso de uma afirmação correta para provar outra:

Ao ver um corvo, percebemos que ele é preto. E depois vemos vários corvos e todos são pretos. Chegamos à conclusão de que há um padrão de que todos os corvos são pretos. Assim, qualquer coisa que for corvo é preta. A partir dessa afirmação, usamos ela para provar outra afirmação. "Corvos são pretos, e o sol é amarelo". Não é porque corvos são pretos que o sol tem que ser amarelo. Apesar da primeira afirmação estar correta, ela não faz a segunda também estar correta.

Fonte: http://hypescience.com/empirismo-logico-explica-comentarios-insanos-na-internet/

Não irei aqui falar de cada tipo de falácia porque são muitas, mas se quiserem é só abrir o link abaixo do Wikipédia que fala de todos, ou quase todos:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Falácia

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Sócrates

Essa biografia diz tudo, ou praticamente tudo, então nem tive o trabalho de escrever um texto próprio:


Ateniense, Sócrates nasceu por volta do ano 470 a.C..
Filho de pais humildes, dedicou-se ao estudo da filosofia e à meditação, mesmo sem qualquer recompensa financeira.

Mas é difícil falar sobre Sócrates, já que tudo em torno de sua vida é envolvida por mistérios. Não escreveu nada sobre suas idéias e ideais, tudo que se sabe sobre seu pensamento foi transmitido pelos seus discípulos Platão e Xenofontes.

Platão foi o responsável por disseminar a imagem de Sócrates como sendo um homem que andava pelas ruas e praças de Atenas, perguntando a cada um sobre idéias e valores que os gregos acreditavam e julgavam conhecer.

Sócrates é conhecido por ter se rebelado contra os sofistas, dizendo que esses não eram filósofos. Acusou-os de corromper o espírito dos jovens, ao fazer o erro e a mentira valerem tanto quanto a verdade.

Os sofistas vendiam suas habilidades de oratória para os cidadãos. Defendiam a opinião de quem pagasse melhor, introduzindo a idéia de que a verdade nasce do consenso entre os homens.

O filósofo também teceu severas críticas à forma como a democracia ateniense implantada, bem como a aspectos da cultura grega, crenças religiosas e costumes.

Apesar de ter ocupado cargos políticos, chegando, inclusive, a ser convidado para o Senado dos quinhentos, suas idéias não foram aceitas pela aristocracia grega.

Passaram a ver o filósofo como uma ameaça ao funcionamento da sociedade grega vigente na época.
Os jovens, por outro lado, passaram a seguir Sócrates, constituindo um grupo de discípulos.

Não demorou muito para que Sócrates fosse acusado de
subversão da ordem, corrupção da juventude e um profanador das crenças gregas. Foi condenado a beber veneno e ficou preso por cerca de um mês, até sua morte, em 399 a.C..

Fonte: http://pensador.uol.com.br/autor/socrates/biografia/

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Sofistas

 
Górgias, um dos principais sofistas
 
Sendo alvo de grandes críticas por parte, principalmente, de Sócrates, sua importância para o mundo atual é visível (mesmo com toda a exclusão que sofreram). A palavra significa sábio em grego. Os principais sofistas foram: Protágoras, Górgias e Isócrates. O período sofista ocorreu nos séculos IV e V a.C.

Os sofistas ensinavam as técnicas de persuasão e argumentação. Eles não se importavam com o assunto, apenas como discursar de modo convincente. Assim, não se preocupavam com reflexões, pensamentos e questionamentos, opondo-se ao método socrático (maiêutica).

Apesar da imagem ruim que muitos têm dos sofistas, eles contribuíram para a democracia ateniense (sendo que o período deles foi o mais democrático de Atenas). Como não se preocupavam com a "verdade", iniciou o processo de tolerância a ideias divergentes, já que qualquer um podia defender seu ponto de vista, bastava apenas ser convincente. Isso também contribuiu para o surgimento da advocacia, sendo que às vezes, os sofistas são denominados como "os primeiros advogados".

O motivo de Sócrates ser contra estes, era pelo fato deles cobrarem por suas "aulas" (onde muitos poderosos pagavam), enquanto o filósofo não fazia isso.
No entanto, eles também sofreram perseguições, como Sócrates, por suas ideias "inovadores" e "contra os deuses". Protágoras disse a famosa frase “o homem é a medida de todas as coisas", onde ele afirma não haver verdade absoluta, pois cada homem tem sua verdade, esta sendo relativa (contra a ideia dos deuses que detinham a verdade). Outro exemplo é Górgias, onde descartava as noções de moral e virtude, e apenas a persuasão era importante ao homem.
Este último, também revolucionou a forma de pensar:
"Górgias redigiu um tratado sobre o Não Ser, em resposta ao filósofo Parmênides, em que consta o resumo de seu modo Niilista de pensar. Para ele, nada existe de real; e se nada existe, o homem não pode conhecer verdadeiramente nada; e mesmo que algo exista e possa a ser conhecido, seria impossível comunicar aos outros este conhecimento.
Desse modo, Górgias acentua o seu ceticismo, evidenciando a impossibilidade de um conhecimento definitivo e propiciando um ambiente em que o mundo só tem o valor daquilo que o homem confere, consciente de sua efemeridade, ou seja, que o homem é um ser passageiro e que age apenas para satisfazer seus interesses pessoais." Fonte: http://www.brasilescola.com/filosofia/os-sofistas.htm

Então, concluindo, mesmo com a controvérsia dos sofistas (se eles realmente trouxeram algo de bom), podemos considerá-los filósofos. Pois, independente de defenderem a persuasão, eles mudaram o período em que viveram, e também acrescentaram novas formas de pensamentos (algumas só voltaram em períodos recentes, como o Niilismo). Até Sócrates não apoiando estes, é observável que sua influência continua até os dias de atuais, e já distanciavam dos pensamentos dos pré-socráticos (antes mesmo de Sócrates),

domingo, 5 de maio de 2013

Filosofar e cagar

Esse video faz uma analogia estranha sobre Filosofar e c..., apesar de parecer que é alguma brincadeira (e é), a comparação ainda pode ser válida e proveitosa:

https://www.youtube.com/watch?v=pMQ5J-NCxYo

sábado, 4 de maio de 2013

Diálogo


Um jeito simples de aprender e de praticar Filosofia é pelo diálogo.
Sócrates foi um dos primeiros a afirmar a importância do diálogo, principalmente através de sua maiêutica (dar a luz, parto). Durante as conversas, Sócrates questionava seus interlocutores sobre os fatos que os últimos diziam saber.
Exemplo: Alguém afirmava ser justo, então Sócrates quando conversava com essa pessoa, perguntava o que era justiça, a diferença de justiça e injustiça, como alguém se tornava justo, etc.
Todos com quem Sócrates praticava a maiêutica não conseguiam responder as questões propostas (sobre qualquer assunto). E, também, Sócrates sempre permanecia como ignorante fazendo as perguntas mais simples, e nunca afirmava  que sabia, nem respondia, sobre tal assunto. Apenas deixava a dúvida, demonstrando que a maioria afirma saber, mas na realidade não sabe.
Isso demonstra a frase tão famosa dele: "Só sei que nada sei". A única certeza que Sócrates tinha era que não sabia de nada. Mas também ele afirmava que sabia a arte de perguntar.
Muitos filósofos que sucederam também seguiam as ideias de Sócrates, o diálogo na busca do conhecimento "verdadeiro".

No entanto, não é apenas o diálogo entre pessoas que devemos fazer. O principal, em minha opinião, é o diálogo interno. Primeiramente temos que discutir com nós mesmo sobre tudo o que sabemos ou não, e descobrir as respostas. Assim, podemos ter um diálogo com outras pessoas (preferencialmente, aquelas com que possam ter discussões e respeito de opinião) e aprendermos sobre opiniões diversas e se as nossas tem fundamento, e, até melhorar os conceitos que tínhamos.

Dica:
Apesar de ser importante dialogarmos com outros, nem sempre é possível (muitas pessoas da nossa sociedade, e de outras, não gostam disso), então podemos fazer nosso diálogo interno para substituir isso. Não é fácil e não é a mesma coisa de conversar com outros, mas tem como ser feito isso.
Assim que tivermos convictos de nosso conhecimento, procuramos ideias contrárias, tentando defender ambos os lados até chegar uma conclusão final e ver qual é a melhor.

Obs.: Aqui coloquei a visão de Sócrates por dois motivos. Primeiro, é uma forma simples de praticar Filosofia. Segundo, para conhecer um pouco desse filósofo.
Entretanto, futuramente pretendo colocar ideias de outros filósofos (e até não filósofos) que criticam tanto o método de Sócrates quanto ele mesmo.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

MÁXIMAS E SÁTIRAS

1
A ociosidade é mãe de toda psicologia. Como? Seria a
psicologia um... vício?
2
O mais corajoso dentre nós dispõe apenas raramente da
coragem de afirmar aquilo que sabe verdadeiramente...
3
Para viver só é necessário ser um animal ou então um deus —
afirma Aristóteles. Falta o terceiro caso: é necessário ser um e
outro, é necessário ser — filósofo...
4
"Toda verdade é simples." — Não existe ai uma dupla
mentira?
5
De uma vez por todas, há muitas coisas que não quero
absolutamente saber. — A sabedoria traça limites, mesmo ao
conhecimento.
6
É naquilo que tua natureza tem de selvagem que restabeleces
o melhor de tua perversidade, quero dizer de tua
espiritualidade...
7
Como? O homem seria tão-somente um equívoco de Deus?
Ou então seria Deus apenas um equivoco do homem?
8
Na Escola Bélica da Vida — O que não me faz morrer me
torna mais forte.
9
Ajuda a ti mesmo: e então todos te ajudarão. Princípio do
amor ao próximo.
10
Não te acovardes diante de tuas ações! Não as repudies depois
de consumadas! O remorso da consciência é indecente.
11
Um asno pode ser trágico? — Perecer sob um fardo que não
se pode nem carregar nem rejeitar?... O caso do filósofo.
12
Se se possui o por quê da vida, põe-se de lado quase todos os
como? — O homem não aspira a felicidade; apenas os ingleses
o fazem.
13
O homem criou a mulher — com o que, afinal? Com uma
costela de seu deus — de seu "Ideal".
14
Como? Procuras? Desejarias multiplicar-te por dez?
Por cem? Procuras adeptos? — Procura zeros!
15
Os homens póstumos — eu, por exemplo — são menos
compreendidos que aqueles que são conformes sua época, mas
escutamo-los melhor. Que eu me exprima mais precisamente
ainda: jamais somos compreendidos — e é disso que advém
nossa autoridade...
16
Entre mulheres. — "A verdade? Oh, não conheces a verdade!
Não é ela um atentado contra nosso pudor?"
17
Eis um artista como os aprecio. É modesto em suas
necessidades: requer, em suma, somente duas coisas. seu pão e
sua arte — panem et Circen...
18
Aquele que não sabe dispor sua vontade nas coisas quer ao
menos atribuir-lhes um sentido: o que o faz acreditar que já
existe uma vontade nelas (Principio ad "fé").
19
Como? Escolheste a virtude e a elevação do coração e ao
mesmo tempo lanças um olhar de inveja às vantagens dos
indiscretos? — Mas com a virtude se renuncia às "vantagens"...
(a ser escrito na porta num anti-semita).
20
A mulher perfeita perpetra literatura do mesmo modo que
perpetra um pequeno pecado: experimentando, de passagem, e
volvendo a cabeça para ver se alguém se apercebeu disso, e a
fim que alguém se aperceba disso...
21
É mister colocar-se apenas nas situações onde não é
permitido ter falsas virtudes, porém onde, como o dançarino
sobre a corda, caímos ou nos mantemos, — ou ainda nos
safamos...
22
"Os homens maus não possuem canções." E como os russos
possuem canções?
23
"O espírito alemão": por dezoito anos uma contra-dictio in
adjecto.
24
A força de querer buscar as origens nos tornamos
caranguejo. O historiador olha para trás e acaba crendo para
trás.
25
A satisfação nos protege até mesmo de resfriados. Uma
mulher que se sabe bem vestida se resfria alguma vez?
Presumo até que possa dar-se o caso de que esteja pouco
vestida.
26
Desconfio de todas as pessoas com sistemas e as evito. A
vontade de sistema constitui uma falta de lealdade.
27
Diz-se que a mulher é profunda — por quê? se nela jamais
chegamos ao fundo. A mulher não é nem sequer plana.
28
Quando a mulher possui virtudes masculinas, não há quem
resista a ela; quando não possui virtudes masculinas, é ela que
não resiste.
29
"Quanto a consciência teve que morder outrora! Que bons
dentes ela tinha! E agora? O que lhe falta?" — Questão dum
dentista.
30
Comete-se raramente uma única imprudência. Com a primeira
imprudência se faz sempre demais e é por isso que se faz
geralmente uma segunda — e então se faz pouco demais...
31
O verme se retrai quando é pisado. Isso indica sabedoria.
Dessa forma ele reduz a chance de ser pisado de novo. Na
linguagem da moral: a humildade.
32
Há um ódio contra a mentira e a dissimulação que procede
duma sensível noção de honra; há um outro ódio semelhante
por covardia, já que a mentira é interdita pela lei divina. Ser
covarde demais para mentir...
33
Quão pouca coisa é necessária para a felicidade! O som duma
gaita. — Sem música a vida seria um erro. O alemão até
concebe o próprio Deus prestes a cantar canções.
34
Só se pode pensar e escrever sentado (G. Flaubert). Eis que te
apanho, niilista! Permanecer sentado é precisamente o pecado
contra o Espírito Santo. Somente os pensamentos que nos
ocorrem ao caminharmos têm valor.
35
Existem casos em que somos como os cavalos, nós os
psicólogos. A inquietude apodera-se de nós porque vemos
nossa própria sombra oscilar diante de nós. O psicólogo deve se
desviar de si para ser capaz de ver.
36
Nós imoralistas prejudicamos a virtude? — Tanto quanto os
anarquistas prejudicam os príncipes. Só depois de terem sido
atingidos de novo se sentam firmemente nos seus tronos.
Moral: é preciso disparar contra a moral.
37
Corres à frente dos outros? — Fazes tal como pastor ou como
exceção? Um terceiro caso seria o desertor... Primeiro caso de
consciência.
38
És verdadeiro? Ou és somente um comediante? És um
representante? Ou então és tudo mesmo a coisa que se
representa? Afinal de contas és apenas talvez a imitação dum
comediante... Segundo caso de consciência.
39
O Desiludido fala. — Procurei grandes homens e sempre
encontrei somente os macacos do ideal deles.
39
O Desiludido fala. — Procurei grandes homens e sempre
encontrei somente os macacos do ideal deles.
40
És daqueles que olham ou daqueles que aplicam as mãos à
coisa? — ou ainda daqueles que desviam os olhos e se mantêm
à distancia? ... Terceiro caso de consciência.
41
Queres acompanhar? Ou preceder? Ou ainda trilhar o seu
caminho? ... É mister saber o que se deseja e se se deseja. —
Quarto caso de consciência.
42
Eram degraus para mim. Servi-me deles para subir — é por
isso que me foi necessário passar sobre eles. Porém se
figuravam que eu ia me servir deles para repousar...
43
Que importa que eu tenha a razão! Disponho de excesso de
razão. — E ri melhor hoje quem ri por último.
44
Fórmula de minha ventura: um sim, um não, uma linha reta,
um objetivo ...

Retirado do livro "O Crepúsculo dos Ídolos ou A Filosofia A Golpes De Martelo" de Friedrich Nietzsche.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Tales de Mileto, o primeiro filósofo ocidental

Esse vídeo fala, resumidamente, sobre Tales de Mileto, o primeiro filósofo e "pai da Filosofia" ocidental:

http://www.youtube.com/watch?v=sqsGjmXg97c

Procedimentos básicos para filosofar e a subjetividade humana

Apesar de o título ser longo, a explicação é bem mais simples do que aparenta...
Primeiramente, antes de iniciar qualquer assunto, é necessário algumas "instruções básicas" de como filosofar, para além de não falarmos qualquer coisa, seguir um raciocínio coerente.

Há três procedimentos básicos (mas não absolutos) para filosofar sobre qualquer assunto. Eles são:

1º- Coisa = é o objeto que será analisado, que causa a nossa reflexão ao observá-lo. Pode ser qualquer assunto, mas é mais comum com assuntos diferentes dos que estamos usualmente acostumados. Exemplos de temas: felicidade, sexo, amor, tristeza, sociedade, cultura, etc.

2º- Questionamento = é o levantamento de todas as perguntas necessárias para o entendimento do objeto. Exemplos: "O que é?", "Por que?", "Como?", "E se fosse assim?", etc.

3º- Resposta (do ponto de vista filosófico) = inicialmente, é necessário definir totalmente (de forma clara, coerente) o objeto em questão, para depois buscar uma resposta que abrange completamente tudo o que o objeto interfere. Apesar de tudo, essa resposta nem sempre é a "verdade" (como no caso do céu que eu dei em que surgiram várias respostas até chegar a mais coerente), principalmente com temas subjetivos (em que há várias opiniões e todas podem estar certas)!

Subjetividade humana


Como tinha dito anteriormente na resposta, nem sempre chegaremos a "verdade", pois alguns dos principais assuntos contêm respostas variáveis. Nós, como humanos, sempre teremos nossas diferenças: alguém gosta de vermelho, enquanto outro de azul.
Assuntos desse tipo não podem ter apenas uma "resposta correta", pois para mim o vermelho pode ser a melhor cor que existe, porém outro acha que é o azul, e independentemente dos argumentos que usarmos, nunca chegaremos a "cor superior ou verdadeira". Assim, nenhuma das opiniões está errada, mas também não estão certas. É uma questão subjetiva, e cada pessoa tem sua própria visão (pode ter uma terceira pessoa que prefere amarelo).
Por isso tem pessoas que são capitalistas, outra comunistas, e outras que são anarquistas. Essas são questões que não há a "correta", pois cada um pode pensar o que quiser que não terá qual é a melhor. É uma visão própria de cada, e assim, não devemos mostrar que tal ideia é melhor que a outra, até porque nenhuma das duas (ou mais) é isso, e se formos discutir, nunca alcançaremos um consenso.
Infelizmente, muitos levam essas questões como se fossem objetivas (que há apenas uma resposta), e dessa forma, que surgem diversos preconceitos e brigas (até coisas piores).
Por exemplo: a música clássica não é melhor que o Rock, ou que o Jazz, ou que a Pop. O que podemos diferenciar é a complexidade da música, a melodia, etc., mas nunca terá a "melhor".

Com isso, quis demonstrar ajudar um pouco como iniciar o pensamento filosófico, e que nem sempre sua resposta será a "verdade". Um mesmo assunto tem várias interpretações e devemos procurar o motivo e a causa das respostas diversas, e talvez, até mudarmos nossa opinião. Essas questões nunca acabarão (só quando não houver mais sociedade inteligente que tenha Filosofia), mas não quer dizer que não podemos pensar e chegar a conclusões (próprias).

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Biografia de Nietzsche

Esse documentário da BBC é sobre o Nietzsche, desde a sua vida e até um pouco de sua Filosofia:

https://www.youtube.com/watch?v=3EGOwduWVKA

É muito interessante saber mais sobre este que foi um dos maiores filósofos, influenciando muito (ou não) o pensamento moderno...

Filosofia



Aqui abordarei brevemente alguns pontos sobre Filosofia:
Filosofia, do grego Φιλοσοφία, literalmente "amor à sabedoria" (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia).

A partir do significado da palavra, é possível perceber que todo o conhecimento faz parte da Filosofia. Apesar de muitos não concordarem, o princípio das perguntas científicas, históricas, sociológicas, etc., foram feitas por filósofos.

Exemplo:
Por que o céu é azul?
Resposta de uma religião: Porque deus fez assim. Ou porque tal deus fez uma piscina no céu.
Resposta cientifica: Pela presença de tais elementos no ar e pela distância que a luz percorre do sol até a terra, o espectro de luz se apresenta azul para nós com o encontro dos elementos ditos primeiramente.

Isso foi um exemplo de uma pergunta e suas possíveis respostas. A primeira seria do ponto de vista religioso, e a segunda do ponto de vista científico (que foi comprovado, etc.). No entanto, os primeiros filósofos não tinham acesso a resposta científica e nem tinham como chegar a ela (falta de equipamentos, etc.), então eles procuravam uma resposta plausível e racional, e que fosse diferente da religiosa. Quando chegavam a resposta que parecesse mais lógica, eles utilizam ela ao invés da religiosa, que muitas vezes essa última não fazia sentido.

Mas então como a resposta científica também pode ser a filosófica se as duas provavelmente são diferentes?
Porque os filósofos que sucederam o que descobriu primeira resposta filosófica, discordavam da resposta e continuaram a investigar. E assim, eles descobriram outra resposta, mas vamos supor que ainda não seja a científica, e essa primeira passou a ser a verdade.
Então, lá para a Idade Moderna, um cientista pegando os estudos de Isaac Newton sobre os espectros da luz, adicionando os conhecimentos que surgiram sobre os elementos químicos, faz um experimento. Nesse experimento, ele utiliza os elementos que compõe o ar e utiliza uma luz branca (como a solar), e assim ele percebe que o motivo do céu ser azul é o mesmo da resposta científica que eu dei anteriormente.

Concluindo, a pergunta "Por que o céu é azul?" deixou de ser filosófica apenas porque um cientista descobriu uma resposta diferente da resposta dos filósofos? Não, porque ambos procuravam o motivo real de o céu ser azul, mas as respostas apenas foram diferentes. Nesse caso, como a resposta científica foi testada e provada (e em qualquer lugar do mundo em que essa experiência for feita o resultado é o mesmo), o filosofo, provavelmente, usará a resposta científica ao invés da filosófica, apenas porque a primeira tem comprovação, enquanto a segunda permanecia especulação. Mas em nenhum momento a pergunta deixou de ser filosófica, só os meios para atingir as respostas foi diferente dos meios que os filósofos usaram.

Com esse exemplo, quis demonstrar que todo conhecimento humano faz parte da Filosofia. No entanto, a Filosofia pode ser "desmembrada" em alguns tipos de conhecimento. Os que, em minha opinião, parece ser os principais são:

- Pseudociência: são aqueles conhecimentos que não são possíveis de teste, mas mesmo assim, ainda é utilizada para justificar algo. Exemplos: astrologia, numerologia, tarô, etc.
- Exatas (ou ciências): são aqueles conhecimentos que são possíveis de teste, e que somente são utilizados após grandes e longas verificações. Geralmente esses conhecimentos são relacionados ao mundo natural em geral, e não apenas ao homem. Exemplo: matemática, física, química, biologia, etc.
- Humanas: como o próprio nome diz, são os conhecimentos relacionados ao ser humano e se esse não existisse, provavelmente elas também na existiriam. Exemplos: línguas, história, artes, geografia, filosofia, etc.

Então, alguém pergunta: "Mas por que você colocou Filosofia no conhecimento de humanas, se anteriormente você disse que a Filosofia é todo o conhecimento?". A resposta para essa pergunta é bastante simples:
Porque o conhecimento de exatas, por si só, ele pode responder muitas perguntas filosóficas, essa "área" é praticamente independente, e não é mais preciso de filósofos para responder, pois os cientistas já conseguem responder sozinhos. E a "filosofia" na parte de humanas, refere-se ao conhecimento relacionado principalmente ao ser humano, com questões como "Quem sou eu?", "Por que existirmos?", etc. No entanto, sempre a Filosofia pode atingir essas três "áreas", mas atualmente, os filósofos estão muito mais preocupados com a parte "Humanas" que com as outras duas, até porque a primeira é apenas uma justificativa sem comprovação, e a segunda como eu disse, é independente.

Para finalizar, com isso, pretendo demonstrar que todo o conhecimento humano faz parte da Filosofia, então se quisermos ser filósofos ou agir como eles, não podemos apenas focar em algo e desprezar o resto. É necessário reunir todos os conhecimentos, e ver aqueles que são "verdadeiros", assim, poderemos desprezar os "falsos".
Foi assim durante toda a história da Filosofia e continuará sendo, Aristóteles, por exemplo, era além de filósofo, matemático, físico e outros. Então, não vamos apenas ficar presos a uma coisa, mas vamos observar tudo e separar o que usaremos e o que não usaremos.

Obs: Talvez nesse blog, eu crie posts sobre ciência, literatura, etc., pois como argumentei, todos fazem parte da Filosofia, e podemos usar eles para alcançar ainda mais conhecimento.